sábado, setembro 23, 2006

Ano de Eleição


Propaganda política via telefone ninguém merece.

Samba de Qualidade e Lembranças


Diferentemente de pagode, o samba de Benito Di Paula tem qualidade. Foi rotulado de brega e cantor comercial, mas é so ouvir e perceber a qualidade de suas musica, a colocação da voz, o piano e todo samba tradicional de fundo. Tenho ate coragem de dizer que sua voz tem um toque Rock. Ouvi Benito Di Paula a minha infância inteira com meu pai, que fazia seleção das musicas que iriam ser tocadas no Subacão, uma "danceteria" da qual ele era dono. Uma letra muito chorosa, que é seu estilo, mas cantada com muito sentimento. (não me matem, por favor)

Ah! Como Eu Amei

Composição: Benito Di Paula

O amor que eu tenho guardado no peito
Me faz ser alegre, sofrido e carente
AAAHHH!! Como eu amei

Eu sonho, sou verso,
sou terra, sou sol
sentimento aberto

AAAHHH!! Como eu amei
AAAHHH!! Eu caminhei
AAAHHH!! Nao entendi

Eu era feliz, era a vida
Minha espera acabou
Meu corpo cansado e eu mais velho
Meu sorriso sem graça chorou

AAAHHH!! Como eu amei
AAAHHH!! Eu caminhei

Tem dias que eu paro
Me lembro e choro,
Com medo eu reflito que
nao fui perfeito

AAAHHH!! Como eu amei

Eu sonho, sou verso,
sou terra, sou sol
sentimento aberto

AAAHHH!! Como eu amei
AAAHHH!! Eu caminhei
AAAHHH!! Nao entendi

Eu era feliz, era a vida
Minha espera acabou
Meu corpo cansado e eu mais velho
Meu sorriso sem graça chorou

AAAHHH!! Como eu amei
AAAHHH!! Eu caminhei

quinta-feira, setembro 21, 2006

Saida para Itatiaia - CBM - CAP Temporada 2006 - Turma Segundo Semestre



Antes de mais nada devo dizer que, não tenho a mínima idéia de quilometragem, localização de cidades, mal conheço os lugares por onde ando, então, nessas saídas do CBM do CAP tudo, tudo mesmo esta sendo novidade e um grande aprendizado para mim.

Estou ouvindo nesse momento a voz do Belo repetir... Anoraque, lanterna, pilha extra...

Saímos de SP as 22:00hs, em busca do desconhecido Hotel Fazenda Palmital na estradinha BR-354 no Km 11, no carro, eu, James, Emilene e, tinha mais alguém no carro? A Natália, entrou e dormiu, o que veríamos depois ser uma característica dela.

A viagem foi tranquila pela Dutra apesar dos muitos caminhões que de longe pareciam dançar na estrada. Uma última parada para um café e seguimos viagem.

A chegada no hotel Palmital foi tranquila. Chegamos e fomos dormir.

No dia seguinte, sábado, tomamos café e partimos rumo ao refúgio Rebouças que fica dentro do Parque Nacional do Itatiaia. Mais 11km para a garganta de Registro. A partir daqui são 13km de estrada de terra, ou melhor, de pedra, até a portaria do parque. Como estávamos em um Corsa 4x4 isso não foi problema. No parque não entra carro, então o Belo entupiu sua TR com as mochilas cargueiras e levou ate o refugio, caminho este que fizemos a pé em 30 ou 40 minutos numa estrada acidentada mas já com o visual de tudo o que seria o fim-de-semana.

O refúgio esta ate bem cuidado, precisa de melhorias, não tem banho quente, clima seco e muito frio, mas tinha cama para todo mundo e suítes para quem ronca ou para casais. Ficamos 20 minutos que foi o tempo de pegar a mochila de ataque a seguir pela trilha rumo ao pico das Agulhas Negras, sem antes perceber que por preocupação do Robles que ninguém ficasse perdido o Renato foi salvo, quase foi esquecido trancado no refugio e nem se quer seu grande amor se deu conta disso, mas pelo estilo do Renato ele sairia pelo telhado.

A trilha até a base é tranquila com uma flora bastante diversificada. O começo da escalaminhada tambem é basica, mas exige muita atenção. Paramos perto da pedra da coroa para explicação de localização e orientação o que foi uma aula primaria dos pontos cadeais e meridianos. É engraçado como essas coisas que a gente aprende na escola ainda ficam em nossas cabeças, mas não na de todos. Desse ponto avistamos as Agulhas Negras, as Prateleiras e o couto.

A via que seguimos para subir foi a normal, uma grande fenda na montanha de nível difícil e alguns testes psicológicos. Nessa subida não faltaram acontecimentos, Cid um homem desesperado por energia, primeiro vomitou, depois sentiu câimbras no "estomago", no peito, que se alastrou pelo corpo, mas foi guerreiro e seguiu seu caminho. Na minha frente estavam o Belo, James e Emilene, se não me engano. Eu fiz a via pelos caminhos padrões por assim dizer, me enfiei por buracos e travei por uns minutos na subida de uma rampa com apoio em uma fenda logo abaixo do joelho, mas foi tranquilo. Espero da próxima vez me "arriscar" como Belo que gosta de chaminé e tesoura, seguido por James que também gosta de se arriscar. Atras de mim vinham a Fernanda que fez algum comentário sobre bunda, e o resto do grupo.

Três horas depois a chegada ao cume foi eletrizante e emocionante. A 2791,55 metros de altura uma sensação de conquista, de poder pessoal e de ter invocado forças primitivas dentro da gente e superar obstáculos naturais e a força de uma grande montanha. A vista completa essas sensações. Lá de cima da para ver a Represa do Funil, a Serra Fina, a região de Visconde de Mauá, a vasta região do Vale do Paraíba, onde estão localizadas as cidades do eixo mais populoso
do Brasil, o eixo Rio-São Paulo, e o Rio Paraíba, do qual origina o nome do vale. Tivemos um almoço no pico acompanhados de um casal carioca e um grupo que chegou depois. Enquanto isso, Abdalla com sua magia de desaparecer e aparecer na sua frente, tanto nas trilhas como nas escaladas, apareceu no cume que chamam cume verdadeiro onde esta o livro de assinaturas de quem chegou lá. Ninguém do grupo se arriscou sem corda, mas o Abdalla é o Abdalla, dessa vez na versão sem barba.

Todos satisfeitos é hora de descer. Pegamos a via Pontão Ricardo Gonçalves e de cara um lance de salto ou desescalar. O Belo pulou, um salto que eu diria perfeito para não torcer o pé, fiquei na dúvida de novo, mas a Paula me deu uma força, disse que se eu estivesse com duvida era melhor desescalar. Aceitei seu conselho e não pulei, desci sem maiores problemas. Ela e o Renato também pularam e o resto desescalou. A descida daqui para frente foi tranquila mas exigindo muita atenção e força. Chico, com sua aparência de galã de novela, cabelos esvoaçantes, cigarros e I-pod (isso nas horas vagas) fez toda a descida com os dois Chico? joelhos arrebentados o que lhe rendeu algumas brincadeiras de escorregador assim como o Cid fez o teste de durabilidade de suas calças nessa "brincadeira".

Nesse ponto o Abdalla montou um rapel o que animou a Cris a pegar no ponto mais curto do seu auto-seguro, conseqüentemente o Abdalla ficou muito feliz e com olhar de esperança. Vale lembrar que o Abdalla questionou o porque a Cris queria pegar seu auto-seguro, a Cris respondeu com um gargalhada o que não deixa de ser um convite ao prazer. Depois desse ponto guiamos pela trilha encontrando facilmente o restante do grupo.

A chegada no refúgio foi reconfortante, banho geladíssimo, baby wipes para os covardes e claro, janta!!! Que começou a ser feita porque a Fernanda me parece nervosa quando fica com fome. O jantar merecia um relato a parte, começando pelo jantar antropofágico do Belo e do Abdalla, Mezcal com verme, Taco, vinho, chocolate, coca-cola, biscoito com geléia de pimenta, já a Cris preferiu Cup Noodles assim como o Cid que aproveitou tambem um molho de salsicha, eu, James e Emilene preferimos sopa de cebola de entrada, miojo, vinho e chá silvestre. Renato e Fernanda risoto, macarrão com salsicha, cada pratada que da gosto. O Chico não levou comida e também não aceitou comida de ninguém e acabou com alguns lanches do Cid. A Natália e Robles comeram macarrão, papinha de criança (Natália), sopa, vinho e mezcal e a Paula acho que comeu e bebeu de tudo também. Uma festa, muita gargalhada e muitas histórias e tiração de sarro tudo orquestrado pelo Belo que dorme falando e acorda falando.

Fomos dormir as 8:30 acho, colocaram o Chico para roncar em uma suíte, mas não adiantou porque o Robles também suspira. A Paula subiu no beliche de joelhos porque ela deu uma torcida no pé lá naquele lance que segui seu conselho e não pulei, valeu Paula. Pela manha um mosquetão para quem adivinhar de quem é a primeira voz a ecoar no refúgio... Todos acordaram, meio perdidos ou zonzos de tanto dormir. O James sugeriu uma turma da tarde para não ter que acordar cedo. O café foi tranquilo, muito frio e névoa, e lá fomos nós de novo para a trilha, dessa vez rumo as Prateleiras. A subida até a base é tranquila, mas uma surpresa, na base da montanha a chuva começou e a escalada teve que ser cancelada. Uma frustração. Retornamos ao refúgio e arrumamos as mochilas. Combinamos de comer truta na beira da estrada.

A chegada nos carros tambem foi uma surpresa, o carro do CId precisou de uma chupeta o que os mais experientes nao hesitaram em fazer, ja o carro do James estava com um pneu furado que não foi problema para Mr. Abdalla. Tudo certo fomos embora, o Belo passou por nos e explicou o caminho das trutas, minutos depois o carro do Belo volta, para do nosso lado e com a velha perocupação do Robles perguntam sobre a Natália que estava no banco de trás dormindo nas mochilas e não foi vista. Agora sim, tudo certo, podemos ir almoçar.

Fomos os ultimos a achegar no restaurante, ja tinha rolado algumas caipirinhas e cervejas. Fizemos o pedido e em meio ao almoço relembramos os acontecimentos e demos muita risada com as palhaçadas do Belo, duas delas:

- Nos ensinar a limpar a bunda so com um picote (quadrado) do papel higienico
- Perguntar para o garçom se o cafe de coador era mais forte (essa completada pela Emilene dizendo que quem sabia era a mãe do rapaz), sem comentario.

Nos despedimos e seguimos viagem de volta para SP, agora ansiosos com a saida para a Pedra do Baú e outra para não ficar devendo, voltar as Prateleiras.

Parque Nacional do Itatiaia

Agulhas Negras

CAP - Clube Alpino Paulista

terça-feira, setembro 19, 2006

Móveis Coloniais de Acaju


Sim, esse é o nome da banda que a Talita me apresentou ontem. Sensacional, inteligente e bem-humorada, Móveis não tem a pretensão "cabeça" de misturar vários estilos de música. A "feijoada búlgara", como foi definida, é singular e bem tocada. Suas letras, pra lá de sensíveis, a princípio parecem banais, mas que aos poucos vão mostrando sua profundidade na voz grave de André Gonzáles.

Site Oficial.

Trama.

Copacabana - Leonardo Bursztyn

Por você aprenderia
Esperanto e traria
Gorbatchev para uma série de palestras
Na casa da minha tia
Onde todos beberíamos chá
Na cada da minha tia
Fofocando sobre a Perestroika

Por você escreveria
Um livro sobre o insólito
Um almanaque simples, óbvio
Guia completo do amor
Uma enciclopédia do utópico
Um dicionário do amor

E em cada verbete
Um singelo lembrete:
“Em sua companhia quero estar”
Quero te ver de corpete
Te guiar num Corvette
E seguir sem destino pra chegar

Minha intuição não me engana
Você faz ser tão Copacabana
E o inferno lembrar
Fim de semana

Por você a Babilônia
Seria ali na esquina
E o Mar Mediterrâneo, uma mísera piscina
Cercada de cerca viva
Isolando nosso condomínio
Cercada e bem protegida
Pros Paparazzi não poderem olhar

Por você lecionaria
Iôga, Tai-Chi, terapia
Se a fizesse feliz e distendida
Buscaria em shopping centers
O elixir do Marajá
Comeria perdiz e ananás
Se estivesse prestes a te beijar

E em cada verbete
Um singelo lembrete:
“Em sua companhia quero estar”
Quero te ver de corpete
Te guiar num Corvette
E fugir sem destino pra chegar

Minha intuição não me engana
Você faz ser tão Copacabana
E o inferno lembrar
Fim de semana

quarta-feira, setembro 13, 2006

Quem sou eu


Em certas situações nos mostramos. Vem a tona tudo aquilo que se esconde, isso tudo é sabido desde muito tempo, mas ainda assim me surpreendo. Acho que, dando uma de choramingas, as vezes a gente precisa, poderia dizer que a frase que me cabe nesse momento é, "eu nasci para perder". É interessante perceber que os ciclos da vida se repetem e cabe a nos mudar esse ciclo, esse circulo essa teia. Mudar o pensamento e consecutivamente o comportamento para que esses ciclos desapareçam para surgirem outros onde você também pode escolher se quer viver isso ou aquilo. O que importa mesmo nisso tudo é o coração. Nesse caminho não tem dormência não tem engano. No caminho vermelho do coração você só pode ser você, ninguém pode ser responsabilizado porque o caminho do coração só é o caminho do coração quando é de coração e o coração não tem limites, é incondicional. Então o que posso perder?